Por: Equipe InfoMoney
17/03/11 - 17h52
InfoMoney
“Hoje as mulheres jovens estão mais preocupadas com o futuro do que as mulheres da meia idade. A gente identifica entre as clientes que atendemos, que as mulheres na faixa dos 25 a 30 anos estão mais preocupadas com a aposentadoria do que aquelas com 45, 50 anos”, diz a consultora, que também é palestrante do fundo de investimentos em ações "Meninas Iradas".
Além disso, ela enxerga esse medo maior em relação a não ter dinheiro para se aposentar como algo cultural. “Eu vejo como uma mudança de cultura. No passado, a mulher tinha uma segurança maior no marido, que era o provedor da casa, que pagava as despesas. Então ela ficava tranquila e pensava 'no futuro, vou estar casada, tenho essa estrutura'”, diz.
"Hoje em dia isso não acontece mais, a mulher trabalha desde cedo, é independente, a por isso pensa mais nessas questões", completa.
Mais poupança pensando na aposentadoria
Ainda segundo o levantamento da MetLife, para diminuir esta preocupação, 42% das mulheres estão dando mais ênfase a uma renda garantida na aposentadoria e 27% estão poupando mais.
Mesmo assim, para 74% das entrevistadas, poupar para a aposentadoria é considerada uma das atividades mais desafiadoras de suas vidas.
De acordo com Joana Perseke, também consultora da Geração Futuro, com as mulheres brasileiras, essa dificuldade também acontece. “Eu vejo a dificuldade de poupar para a mulher relacionada ao marketing do consumo. Como a mulher tem uma tendência a gastar mais, poupar também fica mais difícil”, diz.
Mas, para ela, aos poucos esta mentalidade tem mudado. “Ainda é difícil para as mulheres largarem este espírito consumista, mas eu acho que isso está mudando. Hoje a gente vive um momento de transição. A mulher já viu que, se ela não mudar o comportamento, vai ter dificuldades lá na frente, na aposentadoria, por exemplo”, acredita.
Pesquisa
Foram entrevistas cerca de mil mulheres com idades entre 45 e 70 anos que, individualmente, ganham pelo menos US$ 75 mil por ano ou possuem renda familiar de pelo menos US$ 100 mil por ano.
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